O autismo ou TEA (transtorno do espectro autista) como está classificado se caracteriza basicamente pelo prejuízo nas relações interpessoais.
O que diferencia as pessoas no espectro autista é a intensidade dos sintomas. Costumamos dizer que no autismo não existe uma regra geral, portanto duas pessoas com habilidades e limitações bem diferentes, uma com traços leves e outra com dificuldades severas fazem parte do mesmo espectro autista. Exemplificando podemos dizer que algumas pessoas apresentam limitações sutis, que podem não atrapalhar tanto suas habilidades sociais como ir à escola, fazer amigos e trabalhar, enquanto outras precisam de ajuda até para desempenhar funções cotidianas como vestir-se, tomar banho e se comunicar.
Mais do que um dever social, a inclusão do autista faz toda diferença no processo de desenvolvimento da pessoa, quanto antes uma criança diagnosticada com autismo estiver inclusa na escola e em todos os setores da sociedade maiores serão os ganhos para o seu desenvolvimento pessoal e interpessoal. Mas a inclusão vai muito além de se aceitar esse indivíduo nas escolas ou no mercado de trabalho. Incluir é conhecer e entender as necessidades da pessoa, respeitar e proporcionar instrumentos para que ela consiga realizar as funções que lhes forem atribuídas. Conhecer suas limitações e habilidades tanto para estimular o indivíduo a prosperar, quanto para não exigir dele algo que nesse
momento ainda não seja capaz de executar, de forma que sua autoestima esteja sempre elevada e jamais prejudicada.
A família e a equipe multidisciplinar que acompanha o indivíduo com autismo devem estar em perfeita sintonia com a escola principalmente, pois juntos (toda a equipe e família) devem seguir as mesmas regras para o bom desempenho cotidiano tanto da criança como do adolescente ou adulto que estiver classificado como TEA.
Portanto para que haja uma inclusão real é necessário que se tenha além de cuidados estruturais e adaptativos básicos também e principalmente conhecimento sobre o autismo e suas peculiaridades. Não há inclusão real se não houver a pre disposição em conhecer, adaptar, aceitar as necessidades e proporcionar condições ideais para o aprendizado ou o desempenho de funções específicas.
Inclusão social é um conjunto de meios e ações, é oferecer oportunidades iguais a todos.
Psicopedagoga Clínica